terça-feira, 6 de dezembro de 2011

William Blake









Há um Sorriso que é de Amor
E há um Sorriso de Maldade,
E há um Sorriso de Sorrisos
Onde os dois Sorrisos têm parte.

E há uma Careta de Ódio
E há uma Careta de Desdém
E há uma Careta de Caretas
Que te esforças em vão pra esquecê-la bem

Pois ela fere o Coração no Cerne
E finca fundo na espinha Dorsal
E não um Sorriso que nunca tenha sido Sorrido
Mas só um Sorriso solitário

Que entre o Berço e o Túmulo
Somente uma vez se Sorri assim
Mas quando é Sorrido uma vez
Todas a Tristeza tem seu fim




Por:  William K. Blake

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Trêspalavras





Assim de repente
Porque não tenho nome, eu tenho pressa

Pode parecer indiscreto, incerto e insano
Pode parecer mentira pode parecer engano
Tudo muito rápido, como raios numa noite de chuva

Eu não tenho nome, eu tenho pressa
Eu tenho é fome de tua presença

Coletei todos os sinais no ar
Todos os cheiros, todas as cores e palavras
Vi os sinais nos céus e nas águas
No fundo de meu copo de chá e na borra do café
No alinhamento das estrelas, nos comerciais de TV
Procurei os motivos

Eu não tenho nome, eu tenho pressa
Todos os meus poemas são de três palavras

E não me importa essa chuva
E não me importa que durma
Aqui na calçada de tua casa
Vou querer que acorde já sabendo da novidade
Amanhecerei em raios de vontade
E saberá que não tenho nome
Eu tenho é pressa

Todos os meus poemas são de três palavras


   Por: wesley in chains