sábado, 8 de setembro de 2012

A Métrica das Lagrimas (notas da anti-poesia amarga)



Tenho um sorriso dissimulado pras horas tristes
Um argumento racional pra cada dor
Uma profunda percepção
E inclinação para o silêncio

Um aperto de mão, talvez último
E ocupas um breve espaço branco nas pinturas do passado
Bom dia amigo que jazia esquecido
É só na lembrança amarga de teu sorriso que é lembrado
Não guardo coisas tristes, mas derruba a porta e entra maus presságios

Adeus
Talvez esse aperto de mãos despedidas nunca dado
Talvez tenha eu um dia previsto teus dias
Mas não, nem tão racional a ponto de acreditar em mim
E você vai. assim?
Um almoço nu do Burroughs?
Feio, sujo, ridículo?
Não, aqui não cabem poesias 
Tu velho amigo, volta às minhas lembranças pra fazer estrago
E deixa cinza as mais belas feições dos dias idos

Queria fazer um tributo a ti
Dedicar belas palavras numa poesia triste
Como se fosse bonito sentir isso, 
Como se fosse capaz de criar o belo
Com a métrica de minhas lagrimas

Nesse caso, vou tomar um café e um ar
Não sei o que é
Mas a beleza com certeza não é o que seria escrito nesse papel encharcado e sujo

Por: Wesley Grunge

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