terça-feira, 4 de setembro de 2012

SEGUE




Houve um tempo
Em que buscávamos sentidos absolutos
Nossas vidas, amor, sexo, diversão

Ouve tanto medo em cada enigma
E o tempo, sempre tão depressa
Deixando atrás de si ações não feitas
Planos tantas vezes esquecidos 
Jogados a tempos vindouros, sempre vindouros amanhãs

Houve certos aprendizados 
Posteriormente cada enigma se tornou razão de existência 
Pois sempre havia um novo, e assim passaram-se os dias
E cada dia uma nova pergunta, elas se tornaram a vida

Mas viver era mesmo isso?
Esse pensar respostas
Novas perguntas?
Poderíamos nos julgar vivos só pensando em como é ser vivo?
Ou éramos somente existentes?

E há tanto tempo que faço essas perguntas
Que já se passaram 30 anos de vida contemplativa
E aquela viagem que planejei, aquele amor tão sonhado, aquele livro nunca escrito 
Jamais aconteceram

Mas chega de falar
Vou ali, sei lá porque, é vontade e pronto
Vou viajar sem pensar nos planos, vou inventar um amor sem sonho, escrever nas linhas dos dias e perguntar enquanto vivo, e se não tiver respostas 
Que se dane vou e pronto

Por: Wesley Grunge 

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